Nas danças africanas, o corpo é o principal instrumento de expressão, já que, de acordo com a sabedoria ancestral, é através dele que se manifestam as energias do cosmo e da natureza que se está invocando.
Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia de sentidos. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que levam ao encontro com a divindade.
A dança nas sociedades tribais africanas até hoje representa uma força de expressão em todo tipo de festividade, ritual ou cerimônia.
Considerando a dança tribal como uma das tradições mais antigas do mundo, por ser de origem pré-histórica, este tipo de manifestação teve papel importante no registro história africana. Essas danças eram feitas com o som do batuque como primeiro instrumento que também servia como comunicador ou sinalizador.
As coreografias eram bastante sincronizadas e harmônicas em sua execução, normalmente as danças eram coletivas e feitas em círculos ou linhas retas ou diagonais.
Tudo era motivo para ser celebrado ou festejado com danças – a guerra, a caça, a sucessão do trono, o casamento, o nascimento, a cerimônia da circuncisão, o heroísmo, a colheita, a chuva, a morte e as energias da natureza.
As danças africanas se fazem numa mistura de sons, canções, batuques, ritmos e movimentos tradicionais com um toque de cores, expressões, gingado, espontaneidade e sensualidade dos corpos em movimento rítmico harmonioso
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Músicas Brasileiras que tem a presença da África
África Brasil(Zumbi)
Jorge Ben Jor
Angola, Congo, Benguela
Monjolo, Capinda, Nina
Quiloa, Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
Zumbi é senhor das demandas
Quando Zumbi chega, é Zumbi quem manda
Pois aqui onde estão os homens
Dum lado, cana-de-açúcar
Do outro lado, um imenso cafezal
Ao centro, senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
Triste Bahia
Caetano Veloso
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…
Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante
Triste, oh, quão dessemelhante, triste
Pastinha já foi à África
Pastinha já foi à África
Pra mostrar capoeira do Brasil
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra
Minha mãe, eu vou pra lua
Eu mais a minha mulher
Vamos fazer um ranchinho
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser
Triste, oh, quão dessemelhante
ê, ô, galo canta
O galo cantou, camará
ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Afoxé leî, leî, leô…
Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte…
O vapor da cachoeira não navega mais no mar…
Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Maria pegue o mato é hora…
Arriba a saia e vamo-nos embora…
Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora…
Oh, virgem mãe puríssima…
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Trago no peito a estrela do norte
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Bandeira…
Muzenza
Margareth Menezes
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar,
Muzenza...
Eeeeeee...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar.
O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...
É...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar
O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar
Muzenza...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar...
Jorge Ben Jor
Angola, Congo, Benguela
Monjolo, Capinda, Nina
Quiloa, Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
Zumbi é senhor das demandas
Quando Zumbi chega, é Zumbi quem manda
Pois aqui onde estão os homens
Dum lado, cana-de-açúcar
Do outro lado, um imenso cafezal
Ao centro, senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
Triste Bahia
Caetano Veloso
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…
Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante
Triste, oh, quão dessemelhante, triste
Pastinha já foi à África
Pastinha já foi à África
Pra mostrar capoeira do Brasil
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra
Minha mãe, eu vou pra lua
Eu mais a minha mulher
Vamos fazer um ranchinho
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser
Triste, oh, quão dessemelhante
ê, ô, galo canta
O galo cantou, camará
ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Afoxé leî, leî, leô…
Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte…
O vapor da cachoeira não navega mais no mar…
Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Maria pegue o mato é hora…
Arriba a saia e vamo-nos embora…
Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora…
Oh, virgem mãe puríssima…
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Trago no peito a estrela do norte
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Bandeira…
Muzenza
Margareth Menezes
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar,
Muzenza...
Eeeeeee...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar.
O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...
É...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar
O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...
Mas o Muzenza não vai mais chora...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar
Muzenza...
Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar...
Virginia Rodrigues

Jorge Ben Jor
Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar),[4] bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos.
A música de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, influência árabes e africanas, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia.[4]

Influenciou o sambalanço e foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações da música brasileira, como Mundo Livre S/A ("Samba Esquema Noise") e Belô Velloso, em "Amante Amado".
Carioca de Madureira, mas criado no Rio Comprido, Jorge Ben queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando bossa nova e rock and roll. É conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Tim Maia tinha pelo mesmo motivo).
Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador.
Solano Trindade

Filho do sapateiro Manuel Abílio Trindade, foi operário, comerciário e colaborou na imprensa.
No ano de 1934 idealizou o I Congresso Afro-Brasileiro no Recife, Pernambuco, e participou em 1936 do II Congresso Afro-Brasileiro em Salvador, Bahia.
Trabalhou no filme A Hora e a Vez de Augusto Matraga de Roberto Santos [1]
Poema de Solano Trindade
SOU NEGRO
A Dione Silva
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...
sábado, 11 de setembro de 2010
Registro de fotos- Forte São Marcelo(descontração)
Saudando a princesa |
Entrada do Forte. |
Ahhhhhhh!!!Socorrooooooo!!! |
Desembarque no forte. Os cabelos voando!!! |
Festa com a família real!!!UHUUUUU!!!! |
A caminho do forte |
Que sacrificio para tirar uma foto!!! Meu Deus!!! |
Enquanto estavamos esperando, aproveitamos para tirar uma fotinha!!! |
Padre vindo de Portugal. AMÉMMMMMMM!!!!! |
Chegada da família real no Forte São Marcelo. |
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