segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Músicas Brasileiras que tem a presença da África

África Brasil(Zumbi)
Jorge Ben Jor

Angola, Congo, Benguela

Monjolo, Capinda, Nina
Quiloa, Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
Zumbi é senhor das demandas
Quando Zumbi chega, é Zumbi quem manda
Pois aqui onde estão os homens
Dum lado, cana-de-açúcar
Do outro lado, um imenso cafezal
Ao centro, senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver quando Zumbi chegar
Eu quero ver o que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras

Triste Bahia
Caetano Veloso

Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…

Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante
Triste, oh, quão dessemelhante, triste
Pastinha já foi à África
Pastinha já foi à África
Pra mostrar capoeira do Brasil
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra
Minha mãe, eu vou pra lua
Eu mais a minha mulher
Vamos fazer um ranchinho
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser
Triste, oh, quão dessemelhante
ê, ô, galo canta
O galo cantou, camará
ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Afoxé leî, leî, leô…
Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte…
O vapor da cachoeira não navega mais no mar…
Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Maria pegue o mato é hora…
Arriba a saia e vamo-nos embora…
Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora…
Oh, virgem mãe puríssima…
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Trago no peito a estrela do norte
Bandeira branca enfiada em pau forte…
Bandeira…

Muzenza
Margareth Menezes
Eu, eu peço a Deus que lê benza,

Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar,
Muzenza...

Eeeeeee...

Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar.


O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...

É...

Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...

Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar


O negro no cativeiro,
Da terra mãe foi embora
Andou por aí sem paradeiro,
Lutou como luta até agora
Para ver se ainda encontra seu lugar
Foi deixado pelo mundo a fora
De fora, de fora...
É por isso que o negro chora
E chora...


Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...

Mas o Muzenza não vai mais chora...
Muzenza...

Mas o Muzenza não vai mais chora...

Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar
Muzenza...


Eu, eu peço a Deus que lê benza,
Muzenza...
Que toda luz lê ascenda,
Muzenza...
Que ascenda o chão do terreiro,
Reduto de guerrilheiros onde Ahôn vem dançar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário