segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Virginia Rodrigues

      Virgínia Rodrigues foi descoberta por Caetano Veloso durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, em Salvador, em 1997. Depois de anos cantando em coros de igrejas católicas e protestantes, ela havia sido convidada pelo diretor Márcio Meireles para participar da peça Bye Bye Pelô, onde Caetano a viu pela primeira vez. De origem humilde, Virgínia traz referências populares e líricas do que ouviu na infância e juventude. O resultado é que seu canto vagueia entre o erudito e o popular. Sua música tem influência de música clássica, samba e jazz,ao mesmo tempo que suas letras têm referências a entes do candomblé e umbanda. Suas apresentações de músicas como Juízo Final de Nelson Cavaquinho e Canto de Xangô da dupla Baden e Vinícius, com Naná Vasconcelos foram notáveis.
      O primeiro disco foi produzido por Celso Fonseca e teve arranjos de Eduardo Souto Neto. As músicas foram escolhidas por Virgínia, Caetano e Celso Fonseca, e inclui canções como Noite de Temporal, de Dorival Caymmi, além das participações de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Sol Negro foi bem recebido nos Estados Unidos e na Europa, tendo, inclusive, sido elogiado nos jornais The New York Times, Le Monde e na revista Rolling Stone. A ex-manicure saída de uma favela de Salvador realizou, em um ano, duas turnês pelos Estados Unidos, shows na Europa e foi entrevistada por David Byrne, ao vivo, na televisão americana. Nos Estados Unidos, Europa e Japão, o primeiro disco de Virgínia saiu pela gravadora Rykodisc, de propriedade de Cris Blackwell, o mesmo que popularizou nomes como Bob Marley, Peter Tosh e U2. Em seu novo álbum, Nós, Virgínia homenageia os blocos afro de Salvador. Seu canto primoroso e sofisticado entoa músicas do Ilê Aiyê, Olodum, Timbalada, Ara Ketu e Afreketê. O The New York Times já a definiu como "uma das mais impressionantes cantoras que surgiu do Brasil nos últimos anos

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